Há momentos que temos de procurar o tipo de cura e paz que só podem vir da solidão.

     Acordar todo dia com uma sensação estranha, e não saber o que isso significa. Mas ter a certeza de que não goto de me sentir assim. Colocar o despertador pra daqui dez minutos, só pra fazer a sonolência me embriagar e mesmo que por pouco tempo, esquecer essa sensação que parece me afligir.
Levantar já meio atrasada de cara amassada e perceber que não da pra fugir, é preciso viver. E na rotina do trabalho é que acabo encontrando meu afago e a distração me faz esquecer o que insisto em lembrar.
 Engraçado o dom que tenho de me colocar em situações e não saber como fugir. Ou melhor, fugir é a única coisa que sei, parece mais fácil do que resolver.
A hora passa, e agora já não tenho mais o trabalho para me ocupar, de volta pra casa, trancada no quarto é que anda sendo meu lugar. Meus amigos dizem que ando mais calma, mais serena, mais menina. Essa não sou eu, estou com medo de me perder.
Há momentos que temos de procurar o tipo de cura e paz que só podem vir da solidão. É isso que estou tentando mais que tudo, me descobrir e encontrar o que realmente tenho medo e assim me curar. Nem toda doença precisa de diagnóstico, há quem viva décadas com alguma enfermidade de maneira normal. Há quem procura doença onde não tem, e vive ‘’enferma’’ o resto da vida.
Mas estou apostando todas as fichas do tempo, ele vai me mostrar o rumo certo, e se no final dessa minha faze não tiver nada me esperando além da escuridão, quem sabe é porque acabei errando o caminho. E não vou me culpar e nem chorar, porque afinal, quem disse que errar não faz parte do caminho?
Não podemos aguardar que os tempos se modifiquem se não nos movermos junto, to dando o melhor de mim, e quem sabe assim conseguirei o que hoje não esta a meu alcance.
 

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